NOITE BRANCA

O vinho congelou meu sangue. O inverno congelou quem eu era. As cicatrizes hibernam.

Aquelas marcas de pico viraram verrugas. Minhas sardas ainda tomam conta de mim. Estou tão velho que começo a me lembrar de tudo.

Sou um derrotado crônico. Pronto pra mais uma ilusão.

A alquimia do fogo que a si devora. A chatice do lodo que sobe pelas pernas e eu não tento mais me limpar. O que restou das cinzas já não sou eu.

Engulo alguma química nova. Quem sabe dê certo com um coitado. Não tenho pena de ninguém. Alguém tem pena de mim? Não mereço compaixão alguma. Eu sonho toda noite e não é um pesadelo azul.

Monday, October 30, 2006

2 Comments:

andrea augusto - angelblue83 said...

Excelente! Vc continua fera, Rodrigo! Suicidio é uma obra prima ;)

bjimm
angel

Anonymous said...

Valeu Angel pela visita. Obrigado e um beijo.

 
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